Home Aftershow Eventos Discos A.A.A. Banda X Porta 253 Borlas Fenther TV Passatempos Arquivo Ficha Técnica #fenther





d3ö


D’Alva – o que começou em nome próprio como Alex D’Alva Teixeira e viu nascer o E.P. “Não é um projecto” (2012) já na altura produzido por Ben Monteiro tornou-se em algo maior. A colaboração dos dois artistas continuou e deu fruto a um longa duração e ao que apelidaram “D’Alva”; Alex D’Alva Teixeira nasceu em 90 e Ben Monteiro em 80 e apesar do tempo que os separa a música que fazem transpira inclusão, daí a escolha da Pop enquanto estilo musical pois agrega em si todos os géneros; são um exemplo de multiculturalidade, tanto Alex como Ben crescem na Grande Lisboa, mas África e Brasil correm no sangue das suas famílias. Essa herança transporta-se para a música, para a atitude e para o palco, com a liberdade e energia próprias desses outros climas e quando cruzada com um sentido estético pop o resultado é único. É sob essa terreno fértil que lançam em Maio de 2014 o disco de estreia “#batequebate” que colocou a banda nas rádios e em diversos palcos nacionais durante quatro anos bem agitados, passando por salas como o CCB ou Theatro Circo de Braga a grandes festivais como o NOS Alive ou Super Bock Super Rock. Ainda em 2014 são nomeados pelos Portugal Festival Awards na categoria de Melhor Atuação ao Vivo – Artista Revelação; em 2018, os D’Alva editam “Maus Êxitos”, que se estreia em primeiro lugar no iTunes; o Single “Verdade Sem Consequência” chega ao primeiro lugar do Top A3-30 da Antena 3 onde se mantém durante 9 semanas consecutivas; a Pop que os D’Alva criam tem sido apelidada de “fresca”, sendo que os mesmos sentem que apenas trabalham as canções e a sua estética com a seriedade merecem, divertindo-se bastante durante o processo. O resultado é descomprometido,honesto e eclético. O duo espera espera criar com a sua música e os seus concertos ao vivo “safe spaces” onde todos são bem vindos, tal qual como são, e que as suas canções sejam ouvidas por si só e não sob qualquer filtro ou preconceito, pois é assim que são criadas: “livres leves e soltas”; "Somos” é o terceiro longa duração e já tem data de edição agendada para 13 de novembro. Como pontapé de saída deste novo trabalho de originaisda dupla D’Alva, revelam em antecipação o tema “Só a Pensar”, que conta com videoclipe gravado em período pré-isolamento e editado em tempo de confinamento. ★

d3ö – os d3ö (the trio) nasceram em 2002, em Coimbra, das cinzas dos Tédio Boys, com Toni Fortuna (voz e guitarra, ex-Tédio Boys / M’asFoice), Tó Rui (guitarra, ex-Garbage Catz) e Miguel Benedito (bateria, ex-Garbage Catz); depois de editarem “Six Pack Track” (2003) e “8 Tracks On Red” (2004) concluíram, em 2005, com “7 Heartbeat Tracks”, o projecto inicial: um trio / três EPs; em 2009 foi a vez do primeiro longa-duração “Exposed” que teve como sucessor “Love Binder”, em 2013 pela Lux Records.

Da Weasel


Da Weasel – nascem em meados de 1993, como um projecto 100% em inglês e numa onda experimentalista; banda formada por Pacman (Carlos Nobre), Armando Teixeira, Jay Jay Neige (João Nobre; ex-Braindead) e Yen Sung. Um ano depois, dá-se a primeira aventura discográfica do grupo com o lançamento do EP "More Than 30 Motherf*****s". Desde logo, surge o primeiro hino do grupo e que se tornou um dos temas de maior sucesso em concerto: «God Bless Johnny»; não demoraria mais de um ano, para que a Dínamo Discos, subsidiária da BMG, editassem o primeiro álbum, "Dou-lhe com a Alma" (1995). Neste trabalho assiste-se à transição para o português como língua dominante. Nessa altura, à formação inicial juntam-se Pedro Quaresma (guitarra) e Guilherme Silva (bateria). Logo depois vola a haver mexidas na formação com a saída de Yen Sung e a entrada de Virgul; o ano de 1997 traz o "3º Capítulo". Um disco com um discurso duro e onde Pacman se afirma — definitivamente — como um dos maiores e mais engenhosos letristas do panorama musical português. «Todagente» torna-se mais um dos hinos do grupo; no início de 1999 colaboram em XX Anos XX Bandas, disco de tributo aos Xutos & Pontapés em que participaram com o tema «Esquadrão da Morte»; em Setembro de 1999 é editado o álbum "Iniciação A Uma Vida Banal - O Manual" onde se destaca o tema «Outro Nível». Este álbum leva o grupo para a estrada numa digressão memorável. Um dos pontos altos da digressão foi a primeira parte do concerto dos Red Hot Chili Peppers realizado em Novembro de 1999 no Pavilhão Atlântico; Armando Teixeira sai da banda no início de 2001. Durante o Verão participam nos festivais do Sudoeste e de Paredes de Coura. Em Dezembro foi editado o álbum "Podes fugir mas não te podes esconder", com produção de Mário Barreiros, que se torna o primeiro disco de Ouro da banda. «Tás na Boa» foi o primeiro single. Outro dos destaques é a participação dos Orishas no tema «Sigue, Sigue!»; em 2004 começam com a pré-produção do disco que se virá a chamar "Re-Definições" e já como sexteto, com a entrada de DJ Glue para a família (aquando do início da tour de "Podes fugir mas não te podes esconder"). Em Fevereiro fazem as malas e arrancam para o Algarve. O destino é Olhão, morada do estúdio Zip-Mix (de Tó Viegas e Viviane dos Entre Aspas), onde mais tarde se juntam os convidados João Gomes (Cool Hipnoise e André Rocha. Permanecem no Algarve até ao final desse mês, saindo do estúdio com o disco praticamente todo gravado. Falta apenas registar as colaborações de Manel Cruz (Ornatos Violeta, Pluto) e da locutora/apresentadora Anabela Mota Ribeiro. «Re-tratamento» (o primeiro single extraído do álbum) foi a música que os lançou definitivamente para o mercado português permitindo-os acabar o ano em beleza com a atribuição do prémio Best Portuguese Act no MTV Europe Music Awards, em Roma; quase no fim da digressão do álbum Re-Definições, a banda juntou-se à orquestra sinfónica, dirigida pelo maestro Rui Massena, num espectáculo único onde se verificou a fusão entre o Hip-Hop e a música clássica; em Abril de 2007 lançaram o álbum "Amor, Escárnio e Maldizer". O disco conta com muitas participações, tais como Gato Fedorento, Bernardo Sassetti, Rapper e o produtor americano Atiba the Dappa e a participação especial da orquestra de Praga dirigida pelo Maestro Rui Massena. Nesse álbum destacam-se os temas «Dialectos da Ternura» e «Mundos Mudos»; em Setembro de 2009 anunciam uma pausa de um ano, prometendo voltar em Setembro de 2010 para a produção do oitavo disco de originais e para mais actuações ao vivo. Em 9 de Dezembro de 2010 anunciam o fim do grupo na sua página oficial; em 2020 regressam ao palco para um concerto único no festival NOS Alive em Oeiras.

Daniel Catarino – cantautor natural de Cabeção, uma vila do Alto Alentejo que não fica de caminho para lado nenhum. Enquanto a cassete de Creedence Clearwater Revival rodava em modo infinito na Vanette do pai, foi pela antena parabólica da loja de electrodomésticos da família e pelo rádio-despertador que acabou por conhecer muita da música que o viria a influenciar; presença habitual pelos palcos nacionais, com cerca de 60 concertos por ano desde 2011, acabou por se perder numa digressão pela Alemanha em 2015. Como viajar sozinho não tem a mesma graça, apresenta-se em trio, acompanhado de Manuel Molarinho no baixo (O Manipulador, Baleia Baleia Baleia, Madrasta, Burgueses Famintos) e Xinês na bateria (Awaiting The Vultures, Ao Lado, 1986), bons amigos que trazem mais rock para o seu cançonetismo de rebeldia poética adulta; "Sangue Quente Sangue Frio" é o seu álbum, com edição na Capote Música, com apoio da Fundação GDA e da SlowDriver. Os singles "Meio Trono e um Rei" e "Vou Fugir da Cidade" já rodaram na Antena 3, entre outras rádios espalhadas pelo país. Pelo caminho abandonou os pseudónimos com que assinava a sua música (Landfill, Long Desert Cowboy e Oceansea); fundou as bandas Uaninauei, Bicho do Mato, Alentexas, Cajado, O Rijo, Seven Thousand e Ao Lado, bem como a editora e produtora de eventos Capote Música.

Dapunksportif – surgem em finais de 2004 em Peniche tendo por base o duo e núcleo criativo: João Guincho (guitarra) e Paulo Franco (voz e guitarra), companheiros de longa data noutros projectos e o produtor Marco Jung. O grupo é completado por Fred Ferreira na bateria, Filipe Brito no baixo e Vicente Santos nas teclas; desde cedo receberam boas críticas levando a banda a participar em diversos concursos e a pisar palcos de Norte a Sul de Portugal. Tiveram honras de abrir espectáculos para os Xutos & Pontapés e tocar lado-a-lado com as bandas Tool, Alice In Chains, Deftones, Placebo entre outros; estamos na presença de uma banda Rock na verdadeira acepção da palavra: visceral, musculado e orgânico, tudo apoiado por uma secção rítmica demolidora, um groove frenético e riffs sem limites temporais. Aqui fala-se de velocidade, de veículos motorizados, de encontros inesperados, da necessidade de embarcarmos numa viagem sem regresso marcado, de vivermos cada dia das nossas vidas como se fosse o último, de Rock tocado com a força demolidora de uma bigorna; após 17 anos de estrada e muitos concertos, continuam “agarrados” ao Rock!; com quatro LPs na bagagem, e o quinto já em fase de produção, a banda de Peniche, mostra a sua vitalidade e resiliência, em tempos conturbados. Uma coisa é certa, o seu Rock musculado com groove à mistura, mantém-se.

David Fonseca


David Bruno – David Bruno do Santos Besteiro, mais conhecido por dB, é um produtor português de Vila Nova de Gaia; depois de dar a conhecer o seu talento em projetos como o Conjunto Corona, apresenta-se agora com um novo projeto a solo. “O Último Tango em Mafamude” é uma obra multimédia, onde os samples de áudio e de vídeo dão origem a uma espécie de vídeo-álbum marcado pelo arrojo e pela originalidade; com referências visuais nacionais e referentes às décadas de 80 e 90, este objeto artístico é uma ode a uma época dourada na história recente do nosso País, “onde a abundância, o ‘novo-riquismo’, os bons restaurantes, os cafés, os bares, os autarcas populistas, a construção, o crédito fácil e o bem estar da classe média floresciam… Tudo florescia, menos o amor que a cidade de Vila Nova de Gaia sentia pelo poeta David Bruno”, segundo o próprio David. Sendo assim, o artista abandona a cidade e, confrontado com esse amor não correspondido, decide contar toda a história num disco absolutamente imperdível; depois dos muito aclamados "O último tango em Mafamude" e "Miramar Confidencial", dedica o novo trabalho à sua cidade. "Festa da Espuma" foi o primeiro avanço de "Raiashopping". “Festa da Espuma” remete-nos para as clássicas festas de verão onde por uma meia dúzia de vezes David Bruno andou e sempre em Agosto, na discoteca Auritex. Para além dos dedos encorrilhados, DB saiu destas festas com propriedade para compor este tema sobre o fenómeno molhado que são as festas da espuma e o microcosmos a si associado.

David Fonseca – um dos mais carismáticos artistas nacionais; o seu nome é indissociável ao da banda a que deu voz, o grupo Silence 4; em 2003 iniciou a sua carreira a solo com “Sing Me Something New”, que rapidamente o confirmou como uma figura ímpar da criação musical; publicou "Our Hearts Will Beat As One" (2005); “Dreams in Colour” (2007); “Between Waves” (2009); o duplo “Seasons – Rising: Falling” (2012); e “Futuro Eu” (2015), o seu primeiro álbum inteiramente escrito em português; em 2018 editou “Radio Gemini”; fez ainda parte do colectivo “Humanos” e produziu o álbum de tributo coletivo a David Bowie, “Bowie 70”.

Dela Marmy


de Turquoise – é uma construção íntima a solo de André Júlio Teixeira, onde o instrumento alfa é a Guitarra e a voz sua fiel companheira. A viagem é o mote e o mundo a mira; de Turquoise é o nome do seu mais recente projecto a solo, uma tentativa de encontrar na música, talvez, essa mesma frequência harmónica de azul, que apazigua, que sugere um lugar pleno para se estar. Um lugar sempre novo, reconfortante e vibrante. Um abrigo do vazio do mundo, onde a percepção de tempo e espaço se expande sem noções, onde o pensar perde o contexto e se silencia, e de onde nascem forças motrizes que nos contam histórias concretas, abstratas, a começar pelo ponto mais infinitamente distante de nós, para acabar no mais íntimo: com uma formação e experiência profissional em música e teatro, André Júlio Teixeira, músico multi-instrumentista, procura fazer essa descoberta a solo. CAMOMILA, o seu mais recente EP, é uma delas, onde explora o potencial da simplicidade e elasticidade da guitarra e da voz, por vezes subtilmente modeladas com pedais de efeitos, mas sem se desfocar da qualidade acústica que os caracteriza, procurando uma versatilidade rica em elementos sonoros.

Dealema – DJ Guze, Expeão, Fuse, Maze e Mundo formam os Dealema, um dos mais antigos grupos de hip hop português, que mantém a sua formação original; foi em 1996 que surgiram reunindo elementos do Porto e Gaia. Desde então, o grupo consolidou uma base numerosa e fiel de fãs, não apenas em Portugal, mas em outros países de língua oficial portuguesa; ao longo da sua carreira, lançaram 6 álbuns, começando com “Expresso no Submundo”, lançado em 1996, e culminando no “Alvorada da Alma”, de 2013; em 2016, assinalaram 20 anos de carreira em 2019 apresentaram-se ao vivo num novo formato, com a Pérola Negra Band.

Deambul – a deambulação de Miguel Feraso Cabral já vem de longe. Desde a formação inicial dos Mola Dudle como músico e produtor, passando pelo trabalho como improvisador avulso na bateria ou com instrumentos inventados por si em formações diversas; conta também com uma breve aterragem nas baquetas dos Coty Cream e a coordenação, produção do projecto transnacional The Nevermet Ensemble; as guitarras surgiam, esporadicamente, nas suas produções em estúdio, mas revelaram-se em três apresentações semi-improvisadas ao vivo em 2017 (Povo, Galeria Zaratan e Sofar Sounds Lisbon). Em Deambul o foco está na guitarra eléctrica, nos seus acordes distorcidos e nas melodias com tremolo, flutuando sobre loops e percussões.

Dear Telephone – formados em 2010 são compostos por Graciela Coelho na voz e teclados, André Simão na voz, baixo e guitarras, Ricardo Cibrão na guitarra e teclados e Pedro Oliveira na bateria; inspiram-se no nome da curta-metragem de Peter Greenaway “Dear Phone” de1976; editam o primeiro registo em março de 2011 pela PAD, o EP “Birth of a Robot”, entusiasticamente recebido pela imprensa e apresentado ao vivo em salas como o Theatro Circo, Hard Club (com Anna Calvi) ou em festivais como o Optimus Primavera Club e Milhões de Festa, entre outros; representam Portugal na edição de agosto 2011 do “Music Alliance Pact”; editam o primeiro longa duração “Taxi Ballad” em Maio de 2013; no ano seguinte fazem a estreia fora de Portugal, no Powerlunches em Londres; em outubro de 2017 editam “Cut”.

Decibélicas – é um conjunto musical que vocês não querem ouvir; são fãs de Vai-te Foder, Pé Roto, Kaputa, Katana e The Nancy Spungen X-Perience e dizem ser o pior lixo do século e o pior punk do dia; Leonor, Mara, Fernanda, Perdiz, Vanessa, André e Patrícia vão-vos estragar a noite; são um conjunto musical experimentálico constituído por +/- 5 humanos venusianos que exploram a espacialidade musicotemporal do Poço.

Dela Marmy – "Empty Place" foi o single de estreia do novo projeto a solo de Joana Sequeira Duarte (antigo elemento da banda The Happy Mess). O tema ganhou um teledisco realizado por André Tentugal; o trabalho de Dela Marmy tem-se desenvolvido no cruzamento interdisciplinar entre Música, Performance e Dança; situado na linguagem Dream Pop, é possível vislumbrar o posicionamento adiante no tempo deste projecto musical, que vai para além da Pop etérea e flutuante, tirando partido das influências Indie, Electrónica ou Rock; edita o single “Not Real” pela KPRecords*KillPerfection, antecipando o EP Captured Fantasy; o segundo EP da artista foi editado a 27 de Março nas diversas plataformas digitais e conta com a produção de Charlie Francis. O versátil e experiente músico/produtor inglês, ao longo dos seus 30 anos de carreira, tem trabalhado com bandas e artistas internacionais de topo, entre os quais Manic Street Preachers, R.E.M.,Kaiser Chiefs, The High Llamas, Toyah, Robyn Hitchock. Fruto desta colaboração, Joana percebe que tem em mãos um álbum de maior maturidade e consistência, ainda assim, sem prescindir da ingenuidade intrínseca às suas composições; Captured Fantasy é composto por cinco temas. Cada um deles é uma pequena viagem que nos pede tempo, por não serem óbvios. É um disco atento aos detalhes, às pequenas coisas, às pequenas histórias. Atento às margens, ao marginal. Que apetece fazer voar e fazer pensar. Intimista e universal, sim, um paradoxo. Neste novo trabalho Joana pretendeu alargar as colaborações artísticas, por desejar sentir-se desafiada e livre com a partilha de experiências e ideias. Convidou,então, a escritora e poetisa Raquel Serejo Martins para a letra de “Flying Fishes”, tema de abertura do EP, e o lyricist galês TYTUN para participação no introspectivo “Take Me Back Home”. Os músicos que a acompanharam em estúdio são Vasco Magalhães (bateria), Tiago Brito, Steven Goundrey (guitarras) e o próprio Francis (baixo); o teledisco do single “Not Real” é realizado pela CASOTA Collective (elementos dos First Breath After Coma). O colectivo leiriense reflecte sobre a certeza que temos do que é “real”, abordando também a percepção dos outro sem relação à nossa “realidade”, claramente inventada. Viver numa fantasia/realidade que não é reconhecida, passar e pisar o limite dos padrões sociais, estender e contornar as fronteiras do Real, inventar, sugerir e arquitectar horizontes mais amplos à vida, finita, que inevitavelmente vivemos.

Deolinda


Deolinda – grupo de música popular portuguesa inspirado pelo fado e pelas suas origens tradicionais; o projeto musical surgiu em 2006 quando os irmãos Pedro da Silva Martins e Luís José Martins (ex-Bicho de 7 Cabeças), a prima, Ana Bacalhau, então vocalista dos Lupanar e José Pedro Leitão, contrabaixista dos Lupanar (actual marido de Ana Bacalhau), se juntaram à volta de quatro canções que Pedro tinha escrito, nascendo assim os Deolinda. Pedro da Silva Martins é o autor de todas as letras e canções da banda; o tema "Contado Ninguém Acredita" foi incluído na compilação Novos Talentos de 2007, lançado pelas lojas FNAC; em abril de 2008, foi lançado o disco de estreia, Canção ao Lado. Desde então, em finais de Outubro de 2008, chegou à sua posição cimeira, o 3.º lugar, do top oficial da AFP, a tabela semanal dos 30 álbuns mais vendidos em Portugal, tendo saído (e reentrado) por duas vezes nos primeiros tempos, ficado um total de quatro semanas fora desta tabela; em março de 2009, o disco foi lançado no mercado europeu pela editora World Connection. Em abril de 2009, entrou diretamente para o 8º lugar da tabela de vendas discográficas World Music Charts Europe e em Maio subiu ao 4º lugar dessa mesma tabela; o grupo deu início à sua primeira digressão europeia. Atuaram em diversos países, entre eles Holanda, Alemanha e Suíça, regressando a Portugal para diversos concertos em cidades como Porto, Braga e Barcelos; em Abril de 2010 a banda estreou um novo álbum Dois Selos e Um Carimbo que teve como single de apresentação "Um Contra o Outro"; a prestigiada revista francesa Monocle considerou os Deolinda uma das mais importantes referências culturais da lusofonia no mundo, em outubro de 2010; a canção Parva que Sou, estreada nos quatro concertos feitos nos Coliseus de Lisboa e Porto, em Janeiro de 2011, foi imediatamente considerada um hino de uma geração e inspira o movimento "Geração à Rasca" que no dia 12 de Março de 2011, realiza as maiores manifestações não vinculadas a partidos políticos desde a Revolução dos Cravos; no mesmo ano é lançado o primeiro DVD do grupo "Deolinda ao Vivo no Coliseu dos Recreios"; o álbum de estreia Canção ao Lado é galardoado com quádrupla platina, correspondente a 80.000 unidades vendidas e o disco Dois Selos e Um Carimbo obteve dois discos de platina (40.000 unidades), em Novembro de 2012; em março de 2013, lançam o 3.º álbum de originais Mundo Pequenino que na primeira semana de vendas se torna disco de ouro. Em maio atuam nos Coliseus de Lisboa e Porto esgotados; em junho apresentaram-se pela primeira vez no Brasil, durante o Festival de Inverno de Garanhuns e em São Paulo. Recebem excelentes críticas da imprensa brasileira. Em 14 de outubro de 2014 apresentaram-se pela primeira vez no México, durante o 42.º Festival Internacional Cervantino em Guanajuato; em Novembro de 2017 anunciaram uma pausa por tempo indeterminado.

Diabo na Cruz


Diabo na Cruz – era uma ideia antiga que estava a germinar na cabeça do músico Jorge Cruz desde a altura em que integrava os Superego, um power-trio de Aveiro que formou em meados dos anos 90; no ano 2000 começou a idealizar um projecto de rock tradicional com a FanfarraMotor. O projecto foi cancelado quando ia entrar em estúdio, mas as primeiras sementes de Diabo na Cruz estavam aqui lançadas; Jorge Cruz mudou-se para Lisboa, onde conheceu uma série de músicos da família FlorCaveira com quem partilhava afinidades musicais e referências comuns. Produziu discos de João Coração e d'Os Golpes, o que o estimulou a voltar a explorar a ideia de um rock português enraizado no legado musical que é específico de Portugal; em 2008, formou os Diabo na Cruz. Inicialmente juntou-se a João Pinheiro (bateria) e Bernardo Barata (baixo) porque encontrou neles "uma secção rítmica infalível na atitude e com afinidades evidentes com as intenções que tinha na mesa". Mais tarde juntaram-se B Fachada na viola braguesa e João Gil nos teclados; em 2009 foi editado o primeiro EP Dona Ligeirinha e o álbum de estreia Virou!, que foi considerado um marco na música nacional pela forma como integrou sonoridades da música tradicional e do rock contemporâneo. Inspirado pelo Tropicalismo, pela relação que a música brasileira tem com o seu próprio passado, pelo legado da música portuguesa (José Afonso, Fausto, Sérgio Godinho, Vitorino, Banda do Casaco, entre outros) e pela música anglo-saxónica, Jorge Cruz pôs instrumentos eléctricos a evocar melodias resgatadas da memória da tradição oral, convidando a música moderna portuguesa a encontrar-se com a sua raiz; após três anos na estrada e centenas de concertos, sofreram uma reformulação. B Fachada deixou a banda uma semana antes da gravação do segundo álbum, Roque Popular (2012), mas acabou por participar em alguns temas como convidado. Com os novos elementos Manuel Pinheiro (percussões) e Sérgio Pires (braguesa), em 2012 a banda cimentou a formação que se manteve até ao seu fim; o terceiro álbum, Diabo na Cruz, chegou em 2014. Jorge Cruz descreveu-o como um disco mais pop, "muito menos negro, muito mais positivo" e "mais aberto às pessoas", onde procuram "fazer grandes canções"; o ano de 2015 levou a banda a percorrer Portugal de Norte a Sul num total de 50 concertos. No final desse ano, sagraram-se vencedores nos Portugal Festival Awards na categoria de "Melhor Actuação ao Vivo"; após dois anos sem concertos, a banda regressa aos palcos e aos discos em 2018, com o álbum Lebre; no dia 21 de Maio de 2019, o fim dos Diabo na Cruz foi anunciado através de um comunicado. O Jorge Cruz acabou por retirar-se da banda por motivos de saúde, no mesmo ano em que a banda foi obrigada a extinguir-se. A banda deixou de existir no final da digressão, em Óbidos no dia 18 de outubro desse mesmo ano, digressão essa que foi feita sem o vocalista e fundador Jorge Cruz, entrando Daniel Mestre na guitarra elétrica e Sérgio Pires (Ex Sloppy Joe) como vocalista e guitarrista na viola braguesa.

Don Pie Pie


The Dirty Coal Train – são Ricardo Ramos (guitarra e voz) e Beatriz Rodrigues (guitarra e voz). Um power duo de instrumentos amaldiçoados que debitam decibéis de inspiração no DIY do punk, no garage dos 60 e no cinema de série B onde coabitam com monstros, vampiros, psicopatas, ovnis e demais parafernália. Garage Punk com Surf & rock & roll nu, cru e directo como o género exige; durante os anos que separam a sua infância da maioridade, sonharam e almejaram entrar para o restrito grupo de eleitos criadores ficando presos nas garras da distância e dos ventos desoladores da sua terra natal, Viseu; nos últimos sete anos percorreram as terras e meios dos eleitos de modo independente conhecendo inúmeros artesãos do processo criativo com quem partilhavam o amor e empenho pela arte (por vezes eram por esta mesma razão denominados de "amadores") e aprenderam que procuravam encarnar um termo distante e para eles vazio. Assim, optaram por caminhar esse mundo paralelo onde foram aceites como iguais, esse mundo que separa criadores reconhecidos de amadores... os eleitos dos freaks!; depois de quatro álbuns, uma compilação e cinco singles promovidos com datas pela Europa e América do Sul, a banda edita “Portuguese Freakshow” em 2018, um disco que conta com um enorme leque de convidados do underground rockeiro português que ao longo dos anos tocaram com a banda e que neste disco participam e contribuem para as criações do duo. Neste disco arriscam por temáticas ou sonoridades menos familiares para a banda como experimentações electrónicas, sons experimentais mais soturnos, esquizofrenia pop e covers de temas clássicos. Convidados especiais: Carlos Mendes (Tédio Boys, The Parkinsons, The Twist Connection), Nick Nicotine (The Act-Ups, Ballyhoos, The Jack Shits, Bro X, Suave), Victor Torpedo (The Parkinsons, Subway Riders), Ondina Pires (The Great Lesbian Show, Pop Dell'Arte), Fast Eddie Nelson (Big River Johnson, Fast Eddie & the Riverside Monkeys), Captain Death (Tracy Lee Summer), Mário Mendes (Conan Castro & the Moonshine Piñatas), Old Rod Coltrane (Puny e ex-the Dirty Coal Train), Miss Volatile (DeCanja), Johnny Intense (The Act-Ups), Ana Banana (Cabeça de Peixe, Dirty Coal Train), Sérgio Lemos (Great Lesbian Show, Dr Frankenstein, Canal Caveira), Stephane Alberto (Canal Caveira, Duendes do Umbigo), Jorge Trigo (Quarto Fantasma), Carlos Dias (Subway Riders, Wipeout Beat), Eduardo Vinhas (Pop Dell'Arte), Ricardo Martins (Lobster, Jiboia, Pop Dell'Arte), entre outros; gravaram "Voodoo Heartbeat / Lost in the Jungle", uma versão de duas canções dos Tédio Boys, que faz parte do alinhamento de "Coverbilly Psychosis", a editar brevemente pela Lux Records.

Ditch Days – são de Lisboa, mas esse é só o ponto de partida para as suas viagens. As suas canções do álbum de estreia, “Liquid Springs”, perdidas entre o dreampop, o rock alternativo dos 90's e o indie, levam-nos até ambientes imaginários, onde a natureza solarenga se funde com cenários urbanos, envolvidos por texturas cinematográficas; depois de uma série de três singles, lançados entre 2018 e 2019, "Downtown", com a participação da lisboeta Calcutá, "Seth Rogen" e "Even If You Know", uma contemplação shoegaze feita em colaboração com os espanhóis Terry vs. Tori, entram em 2020 com a promessa de um novo EP: 'Office Space'. Com este novo trabalho, a banda transporta para estúdio a energia dos seus concertos, depois de dois anos em tour que os levaram a pisar palcos de alguns dos principais festivais nacionais, como o Super Bock em Stock e o MIL Lisboa, a tocar um pouco por todo o país e ainda a fazer a sua primeira tour europeia; em 2020 tomaram alguma coisa estragada, viram o filme Man On The Moon, e passaram uma semana numa trip. O resultado foi 'Office Space', um EP de 5 músicas e o mais recente lançamento da banda lisboeta de dreampop. "Andy Kaufman" foi a primeira amostra deste EP, recheado de guitarras estonteantes, referências preguiçosas e um lema incansável: "As long as we're high, we're not gonna break".

The Dirty Coal Train


Domi – em 2019 lançou o novo single, “Gato Por Lebre”, produzido pelo habitual colaborador Charlie Beats e apresentado com um vídeo realizado por Thomas Zimmermann. Este lançamento sucedeu a “3ª Maior”, o EP de estreia lançado pelo rapper algarvio em Novembro de 2018, com produção de Charlie Beats e Andrezo  e incluiu os quatro singles que lançou pela Universal Music Portugal — “Pensamento Leve”, “Não Esqueço”, “Voltar” (com Jimmy P) e “Rosas” (com Murta).

Don Pie Pie – um FunCore trio do Porto constituído por Miguel Moura nos teclados, Leonardo da Rocha na guitarra e Pedro Varela na bateria; formados no Verão de 2017, editaram o seu primeiro EP, “DPP1”, em Julho do ano presente; ainda recém nascido, este projecto tem sido destacado por vários blogues e revistas online estrangeiras como “Fecking Bahamas”, “The Math rock Times” e “Heavy blog is Heavy”; em DPP1 ouve-se um prelúdio desse rock livre de preconceitos em que se traça um paralelo com a filosofia de bandas como And So I Watch You From Afar ou Battles. Feito com base em guitarra – sintetizador – bateria, Dom Leonardo – Pai Miguel – Pai Pedro, respetivamente, captaram num estúdio privado em Celorico de Basto a essência do projeto. Três músicos, três instrumentos, três faixas.

Dory & The Big Fish – San de Palma dá voz a Dory & The Big Fish e faz-se acompanhar por alguns dos seus parceiros de outras aventuras, aos quais se juntam também novas colaborações; Sonia Cabrita (Little B, Viviane, Gaijas), na bateira, e Luis Duarte (The Speeding Bullets, The Cynicals, Anaquim), nos teclados, completam o quinteto de que também fazem parte os ex-The Profilers e Os Lábios, Eurico Silvestre, baixo, Telmo Dias e Sérgio Franco, guitarras; a banda nasce em Dezembro de 2014 com canções de estilo Blues Rock, onde a voz de San surge ora triste e desiludida, ora terrivelmente sedutora e apaixonada; depois de alguns concertos em Portugal e Espanha nos últimos dois anos, preparam-se, em 2018, para começar a apresentar um conjunto de canções gravadas por Pedro Vidal no Estúdio de Vale de Lobos e que serão compiladas em disco, sob o título "Love is a Piñata".

Dory & The Big Fish


Doutor Assério – dizem que a idade deixa os homens mais macios. É verdade. Os Doutor Assério têm a capa do punk rock mas nem isso os safou. Em 2017, lançaram o disco "Homónimo”, que é uma coletânea de canções de amor. Este trabalho de estreia é um roteiro hedonista pela cidade de Barcelos e pelos seus locais mais bem frequentados. Há canções que exprimem ternura pelo sistema e por moças devotas de Francisco Sá Carneiro; eles são Leonel Miranda, Pedro Silva e Tó Meira.

Dreamweapon – uma das bandas da linha de frente de uma cena psicodélica que tomou os subterrâneos de Portugal a partir de 2010; um quarteto do Porto formado em 2009 e conta com André Couto (baixo e vocal), Edgar Moreira (guitarra e vocal), João Campos Costa (guitarra) e Luís Barros (bateria); “Dreamweapon” é o primeiro disco cheio do grupo (um EP homónimo foi lançado em 2013). Chegou em abril de 2015, via Lovers & Lollypops em edição de vinil limitada a quinhentas cópias. O disco foi gravado na primeira metade de 2014, nos estúdios AMPstudio e HertzControl Studio, com produção de Paulo Miranda, chamado de “o guru da música alternativa portuguesa”, e Marco Lima. A mistura é do quarteto e de Pedro Pestana, que participa em “Stir”. A masterização é de Miguel Pinheiro Marques. São seis peças psicodélicas, viajantes, sessentistas/setentistas, ácidas, daquelas pra tirar a mente da regularidade e mergulhar num universo paralelo. “Spirit Rain”, a faixa que encerra o disco, porém, vai além, mostrando guitarras não só envolventes e hipnotizantes, como cortantes, altas e barulhentas; o nome surgiu do famoso disco ao vivo do Spacemen 3, “Dreamweapon: An Evening Of Contemporary Sitar Musicde”, de 1995; o projecto trilha desde 2013 os palcos nacionais e internacionais, apresentando-se já no Milhões de Festa, no Lisbon Psych Fest, no Sonic Blast Moledo, no Serralves em Festa, no Zygurfest, no Reverence Valada e no Liverpool Psych Fest; em 2018 trazem na bagagem o lançamento do seu segundo longa-duração, "Sol", às mãos da editora de culto londrina Fuzz Club Records. Um disco gravado numa espontânea semana de Fevereiro de 2017, dando início ao seu ciclo solar, prosseguindo no seu trilho sónico de retirar forma à forma.

Dream People  – nasceram em Outubro de 2018 e são Francisco, Bernardo, Nuno, Chris e Bóris. Nenhum se conhecia até então. Nuno conheceu Francisco através de um grupo no Facebook. Francisco falou com a artista Surma. Surma aconselhou Bernardo. Bernardo conheceu Bóris. Chris apareceu num ensaio. E assim, lentamente, se foram costurando os Dream People. Apesar deste início atribulado e de se conhecerem há tão pouco tempo, todos partilham uma vontade de trazer novos sons e influências ao panorama musical português; entre synths que nos levam ao etéreo universo da dream pop e poderosas guitarradas que nos envolvem numa espécie de synth rock psicadélico reminiscente a uns modernos Doors, a música dos Dream People é um exercício de constante reinvenção e expansão criativa e de procura de novas identidades; durante o ano de 2018 venceram o concurso promovido pelos históricos estúdios Namouche do qual resultou a gravação do seu primeiro EP, "Softviolence". Em Dezembro desse ano ganharam também o concurso Escola do Rock de Paredes de Coura, onde passaram uma semana em residência artística e gravaram o seu single de apresentação, "Forever, Too Long", muito bem recebido pela crítica.

Drumond & The Soul Journey – projeto de Rui Drumond que arrancou em meados de 2018 tendo pisado inúmeros palcos e que chega ao público com o tema "Weight in Gold"; com 15 anos de carreira, é considerado um dos artistas mais versáteis em Portugal, mas sempre encontrou no Soul a sua identidade artística; os The Soul Journey são Aleixo Franco, Marco Reis, Ricardo Dikk e Rui Reis.

Duquesa – é Nuno Rodrigues, vocalista e guitarrista dos rock’n’rollers barcelenses chamados Glockenwise, onde nos apresenta os seus temas a solo, próximo de uma raiz indie-pop; depois do EP de estreia, homónimo, em 2013, o vocalista lançou o segundo ensaio: Norte Litoral vem com sete faixas, duas delas cantadas em português; Barcelos (onde nasceu e viveu) e Porto (onde trabalha e vive), fazem parte da sua inspiração.



www.fenther.net ® Todos os direitos reservados @ 2020       Para corrigir ou acrescentar algo: geral@fenther.net       (em actualização permanente...)

     

      geral@fenther.net       Ficha Técnica     Fenther © 2006