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Rui Taipa - berro
© 2017

Rui Taipa voltou a beber da sua fonte de inspirações e gritou. Gritou bem alto num tom rasgado e áspero. E ao dar este "berro" criou um eco envolvente que se refletiu em oito melodias em formato canção. Soam a fresco, soam ao que Rui Taipa sempre nos habituou na companhia da sua fiel guitarra. Uma união feliz.
Deste "berro", o seu álbum de estreia, ouvimos essa voz e essa guitarra a ganharem uma outra dimensão em formato banda. 'Nada' abre este disco da melhor forma e trás consigo uma vontade quase perfeita em ser um single de destaque. Uma entrada em força no arranque da audição deste trabalho. Quase sem respirar, somos envolvidos por um funky surpreendente em '1 Num Milhão'. Um colorido fresco que sabe muito bem ouvir.
A seguir, uma volta no carrossel parisiense para relaxar. Mais uma volta no mundo das palavras escritas e ditas em português ordenadas na suavidade do cintilar de uma caixa de musica ou de uma guitarra que ama e sabe amar. Perfeito este 'Carrossel' que embora triste, nos faz sonhar com a felicidade.
Mudam-se os sentimentos e o 'Fuso Horário' ordena o tempo. O nosso tempo que se torna cada vez mais feliz em cada tema que vai ecoando neste "berro".
A meio do disco encontramos, na minha opinião, o tema mais forte. Apesar de estar cercado a '7 Chaves', não o escondam. Libertem-no. Elevem bem alto o volume dos vossos rádios e exponham este tema viciante que soa a grandeza. Soa a vitória.
Depois de tanta envolvência, a calma de 'Menina no Banco Azul' e 'Melro'. Dois temas que tem ilustrado o retrato sonoro de Rui Taipa nas já muitas apresentações ao vivo. São temas que nos voltam a deixar em harmonia e nos motivam para um acompanhamento vocal mais detalhado. Aqui ficamos claramente rendidos a este disco que se compromete a ser um dos melhores de 2017.
'Façamos de Conta' faz baixar o pano sobre as teclas de um piano solitário. Estamos preparados para partir. Na mala, um grande disco. Na alma, uma vontade de repetir. O trompete reúne as vontades. Não façamos de conta que "berro" é um grande disco, porque o é.
Com tudo isto, a energia é agora imensa para que a maquina sonora de Rui Taipa não dê o berro nunca. Gritemos juntos e assim aprenderemos a ser felizes!

Vitor Pinto

(☆☆☆☆☆☆)


Discos anteriores
"Meia Dúzia de Histórias"


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Rui Taipa é um cantautor nortenho, de Freamunde, com bases folk, indie, funk e rock alternativo.
Quem o conhece, a solo, conhece bem a sua vertente folk, de escritor de canções com espaço para o alternativo e um toque de funk, que podemos encontrar no seu primeiro E.P. “Meia Dúzia de Histórias”, editado em 2014, dando início ao seu percurso discográfico.
Com temas absolutamente distintos uns dos outros, denotando-se grande versatilidade na composição e  apenas fazendo uso da guitarra, harmónica, kazoo e voz, Rui Taipa chegou ao mundo como “o novo cantautor Lusitano”.
Paciente e trabalhador, nestes últimos anos, Taipa tem vindo a procurar a sua identidade sonora, por esses palcos fora, revelando agora um pouco mais de si. Sem destoar do seu lado cantautor, apresenta-se neste novo trabalho com um registo mais a la Feist, Buckley mas, sobretudo, a la Taipa!


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