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Estivemos à conversa com King John sobre a edição do single "Doppelgänger".

Fenther – Quem é e de onde chega King John?
King John – António Alves, nascido e criado na ilha de S. Miguel nos Açores.

Fenther – O que já editaste até à data?
King John– Uma mão cheia de Eps e singles em edição de autor.

"O single é o meu cartão de visita e uma forma de dizer "hey...estou aqui e esta música é King John"."

Fenther – Este avanço "Doppelgänger" reflete o que podemos esperar de um possível álbum?
King John– Sim, sem dúvida. Diria que é uma música com uma sonoridade Rock 'n' Roll, que é sem dúvida a minha praia, mas que ao mesmo tempo, "dá-me" espaço para viajar por outras sonoridades sem que o album fique descaracterizado.

Fenther – Fala-nos um pouco sobre este "Doppelgänger".
King John– "Doppelgänger" é sobretudo um apalpar de terreno. Estou em Lisboa à pouco mais de 1 ano e este é o primeiro trabalho que edito enquanto "lisboeta". Tenho tentado criar raízes artisticas cá e chamar a atenção de novos ouvintes. O single é o meu cartão de visita e uma forma de dizer "hey...estou aqui e esta música é King John".

"As minhas maiores influências são artistas contemporâneos que se alimentam do "antigo" e transformam-no em algo relevante na actualidade: Jack White, Dan Auerbach, Josh Homme."

Fenther – Como defines o teu som? Influências?
King John– Eu diria que é Rock 'n' Roll com um cheirinho de blues, folk e hip-hop.
As minhas maiores influências são artistas contemporâneos que se alimentam do "antigo" e transformam-no em algo relevante na actualidade: Jack White, Dan Auerbach, Josh Homme.

Fenther – Musica nacional... o que recomendas??
King John– Surma, Stone Dead, Kilimanjaro, Regula.

Fenther – E pelos Açores... Como está a vida musical? Há apoios? Locais para tocar?
King John – Eu acho que está a evoluir bastante. Há cada vez mais projetos e músicos a surgirem.
Há apoios mas, ainda se promove um bocado a cultura do "popularusco", muita coisa demasiado direcionada para as massas. A nível de locais para tocar, também tem havido uma evolução.

Fenther – O Festival Tremor veio dar um empurrão à cultura musical nos Açores?
King John– Sem sobra de dúvidas. Eu, pessoalmente, devo muito a este festival, bem como muitos artistas regionais que estavam fechados nas suas salas e garagens. Criou uma motivação extra nos músicos locais porque começamos a ter a sensação de que afinal havia espaço para nós num festival com uma dimensão cultural enorme.

Fenther – Porquê a mudança das ilhas para a capital?
King John– As coisas, felizmente, evoluiram muito rápidamente nos Açores. Num espaço de cerca de um ano passei de um completo desconhecido para ter a oportunidade de tocar nos melhores palcos açorianos e, embora já tenhamos mais espaços onde tocar, o público ainda não é em grande número. À boleia da Tremor Tour, decidi instalar-me por aqui e colocar-me à prova perante um público novo. A música é também isso, evoluir, arriscar e com trabalho procurar o sucesso fora da nossa zona de conforto.

Fenther – Há datas em breve para tocares em palcos nacionais?
King John– Estou a fechar algumas datas para este Verão que ainda não posso anunciar. Em breve.

Fenther – Mensagem final...
King John– Cantar em Inglês não é querer ser comercial. A língua é simplesmente uma ferramenta utilizada como qualquer outra. Sou um orgulhoso português que canta em Inglês, só isso.

Vitor Pinto



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