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Estivemos à conversa com Dear Telephone para ficarmos a conhecer o novo "Cut".

Fenther – Concertos no histórico Theatro Gil Vicente em Barcelos.... Tem um gosto especial?
Dear Telephone – Desde logo por serem na cidade que é a nossa sede e por serem os primeiros da tour. Vão ser certamente especiais.

Fenther – Prepararam algo diferente por estarem a tocar em casa?
Dear Telephone– Será a estreia do formato live deste álbum, tudo será surpreendente – até para nós! Vamos contar com a presença do ensamble de vozes que participa no álbum.

"'Slit' é a canção que achamos que melhor faria a ponte entre o passado e o presente de Dear Telephone."

Fenther – Data dupla no mesmo local... André Tentúgal... Vão captar estes espetáculos para edição futura?
Dear Telephone– Não está previsto. Vai ser melhor aparecerem!

Fenther – O André Tentugal já é um amigo de longa data...
Dear Telephone– Um grande amigo. Não hesitamos em entregar-lhe a tradução das nossas ideias em imagens. Curiosamente é a primeira vez que trabalhamos juntos no contexto de Dear Telephone e estamos todos muito satisfeitos com o resultado.

"Sempre trabalhamos muito em volta da exploração expressiva do potencial de cada músico."

Fenther – "Cut" será o mote destes espetáculos. Vão toca-lo na integra?
Dear Telephone– Dependerá do espectáculo, mas em regra sim. Se bem que alguns temas assumirão roupagens diferentes, como sempre gostamos de fazer.

Fenther – O que pretendem Cortar (Cut)?
Dear Telephone– Este Cut só remotamente alude a um corte no sentido literal. Tem, por um lado, a ver com arestas e vincos estéticos que quisemos deixar mais à flor da pele. Mas principalmente, é uma referência ao Corte do cinema. O momento fronteira entre a ficção e a realidade. É um tema que atravessa todo o imaginário e lírica do disco.

Fenther – Apenas haverá edição em vinil?
Dear Telephone – Vinil e digital.

Fenther – "Slit" foi uma escolha fiel para apresentação do álbum?
Dear Telephone – Slit é a canção que achamos que melhor faria a ponte entre o passado e o presente de Dear Telephone. Mostram-se algumas das características que nos definem, enquanto se apresentam outras que agora quisemos introduzir ou trazer para primeiro plano.

Fenther – Quiseram mudar a face sonora dos Dear Telephone com uma maior exposição da Graciela?
Dear Telephone – Sempre trabalhamos muito em volta da exploração expressiva do potencial de cada músico. Com o tempo, o estreitar das afinidades entre nós e definição cada vez mais rigorosa do contorno estético da banda, há elementos que naturalmente emergem e se assumem com preponderância crescente. Isso nota-se no papel de todos nós no álbum, se bem que a força da voz da Graciela se revele e manifeste com maior evidência. A certa altura, no processo de composição, percebemos que esse seria – entre muitos – um dos aspectos a definir a linguagem deste disco.

Fenther – Há convidados neste registo?
Dear Telephone – Há 7 convidados. Todos eles amigos de longa data e artistas com quem já tínhamos colaborado. Um ensamble de 5 vozes que tinha participado num concerto do álbum anterior e que desde aí nos deixou a ideia de escrever arranjos para coro neste novo disco. Também, os saxofonistas Romeu Costa e Fernando Ramos, que já tinham participado no segundo álbum de La la la Ressonance.

Fenther – O trabalho com a malta da PAD mantém-se satisfatório?
Dear Telephone – Sim. É a nossa comunidade e que queremos fazer crescer, crescendo com ela.

Fenther – E depois de Barcelos?
Dear Telephone – Virá Lisboa a 4 de novembro (Music Box) e Porto a 11 (Maus Hábitos).

Fenther – Mensagem final...
Dear Telephone – Cut!

Vitor Pinto



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