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Estivemos à conversa com os The Walks a propósito da edição de "Opacity".

Fenther – Como estão os The Walks neste final de 2018?
The Walks – Os The Walks estão felizes por finalmente podermos dar a conhecer o nosso último trabalho e estamos confiantes no que o futuro nos reserva!

Fenther – O que mudou em 3 anos desde "Fool’s Gold"?
The Walks– Mudou muita coisa. Mudámos duas vezes de baterista, o que por si só já significa uma mudança estrutural significativa. Estamos mais velhos 3 anos e foram 3 anos de aprendizagens, de mudanças nas nossas vidas pessoais. Todas essas mudanças de forma directa ou indirecta acabaram por refletir-se na nossa sonoridade.

"Falando em Coimbra, a história do Rui Ferreira e da Lux Records acaba por confundir-se com a história do rock de Coimbra. Tem sido o maior embaixador do rock feito em Coimbra.."

Fenther – Em poucas palavras… este "Opacity"...
The Walks– Opacity é um disco de mudanças e de decisões que acontecem nas nossas vidas e em que todas elas podem ter um lado positivo e um lado negativo, um lado bright e um lado dark, um lado A e um lado B, e são essas decisões, mudanças que definem o nosso caminho.

Fenther – A escolha dos singles de avanço são a identidade do disco? Falem-nos sobre eles...
The Walks– A Sunny Side Up é um tema que já existia antes de começarmos a produzir este disco. Creio até que foi o primeiro tema que compusemos com o Tiago Vaz (baterista). Inicialmente a canção tinha uma sonoridade Fool’s Gold 2.0. Após decidirmos a sonoridade que pretendíamos seguir, fomos ao baú e acabámos por resgatar este tema e dar-lhe uma outra abordagem. Creio que o resultado é bastante bom. Foi o primeiro single um pouco por necessidade, foi o primeiro tema deste novo álbum a estar produzido e tínhamos a necessidade de dizermos às pessoas que estávamos vivos.
Foi um tema importante para definir a identidade que pretendíamos para este disco. Special é no nosso entender, a música que melhor espelha a identidade do disco e como tal consideramos ser “o single” de Opacity.

Fenther – Como definem o vosso som?
The Walks– Opacity é um disco que está dividido em dois momentos. Os primeiros quatro temas do disco são mais coloridos, têm mais brilho. Caracterizam-se por ter guitarras mais simples, vozes ondulantes e uma percursão vincada que culminam numa sonoridade dançável mas ao mesmo tempo reflectiva. O Lado B é mais obscuro, mais misterioso, que oscila entre guitarras reverberantes com guitarras mais musculadas. A voz é mais hipnótica e o ambiente sonoro é mais espacial.

"Opacity é um disco de mudanças e de decisões que acontecem nas nossas vidas e em que todas elas podem ter um lado positivo e um lado negativo..."

Fenther – A família continua grande em Coimbra. Cidade inspiradora?
The Walks– A família está maior do que nunca. Pessoalmente não creio que seja a cidade em si que seja inspiradora. No entanto, claro que poder ser amigo de tantos músicos que já viveram e já fizeram tanto pela música nacional e ouvir as suas histórias, isso sim acaba por ser inspirador.

Fenther – Satisfeitos com o trabalho da Lux Records?
The Walks– O Rui Ferreira tem feito parte da nossa família desde o início e sempre nos apoiou. Falando em Coimbra, a história do Rui Ferreira e da Lux Records acaba por confundir-se com a história do rock de Coimbra. Tem sido o maior embaixador do rock feito em Coimbra. A esse nível tem feito um excelente trabalho.

Fenther – Depois das apresentações oficiais, por onde caminham agora?
The Walks– Agora vamos continuar a apresentar o nosso novo disco. Queremos percorrer o país a promover “Opacity” e se possível acrescentarmos umas datas lá fora.

Fenther – Está do vosso agrado a musica nacional actual?
The Walks– A música nacional está cada vez melhor. As bandas têm cada vez mais acesso a estúdios de grande qualidade. No entanto creio que faltam condições para que as bandas continuem. Não é fácil ser músico em Portugal.

Fenther – Se fossem ministros da cultura, o que mudavam?
The Walks– Tanta coisa! Em primeiro lugar acho que as salas de espetáculos pagam imensas licenças. Pagam SPA, pagam GDA, pagam licença para música ao vivo e mais não sei quantas licenças. Com tanto que têm de pagar, quem acaba por ser prejudicado são as bandas porque depois as salas não podem proporcionar as melhores condições às bandas.

Fenther – Mensagem final...
The Walks– Sigam a nossa página https://www.facebook.com/thewalks.band/ e vejam as nossas novidades.

Vitor Pinto



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