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A.A.A.
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Estivemos à conversa com os Birds Are Indie a propósito da edição de "Migrations".

Fenther – Como estão os Birds Are Indie neste início de 2020?
Birds Are Indie – Estamos como toda a gente por estes dias, com a vida em suspenso...

Fenther – Mantêm-se fieis ao registo anterior, ou houve mudanças?
Birds Are Indie– Em cada disco gostamos de fazer mudanças ou evoluções, sem serem drásticas. O disco foi novamente gravado na Blue House, com as mesmas pessoas do disco anterior, juntando-se o João Rui (dos a Jigsaw) na mistura e masterização, por isso em termos de som segue a mesma linha, com algumas nuances.

"A normalidade é o que mais queremos, sim... Voltar aos palcos portugueses e à digressão espanhola... E dar beijos e abraços a toda a gente!"

Fenther – Como se sentem a editar um disco numa altura tão difícil como esta?
Birds Are Indie– Bastante frustrados... porque preparar este disco foi um esforço e um investimento que demorou mais de um ano. E estava tudo preparado para o apresentarmos ao vivo nesta altura. Mas agora as prioridades são outras, para todos, temos de nos conformar e reorganizar a agenda e as energias para quando a tormenta passar.

Fenther – Podem levantar um pouco o véu sobre este vosso registo?
Birds Are Indie– Neste caso, como o conceito do álbum inclui misturar canções novas com revisitas de algumas antigas, tornou-se um desafio engraçado. Foi como combinar uma jantarada com familiares que já não se viam há muito tempo, todos juntos, à volta da mesa. Quisemos que os novos arranjos e a produção dos temas os uniformizasse (novos e antigos), como se as músicas fossem todas da mesma idade. Mas, ao mesmo tempo, quisemos juntar no mesmo disco vários tipos de canções, um pouco como um abrir do nosso leque musical. Por exemplo, o single “Black (or the art of letting go)” é uma faixa um pouco mais agreste do que o nosso normal, mas também há músicas claramente pop e outras mais melancólicas. E até uma valsa meio esquizofrénica, ao piano...

"Em cada disco gostamos de fazer mudanças ou evoluções, sem serem drásticas."

Fenther – Surgem convidados? Surgem Surpresas? Surge um grande disco?
Birds Are Indie– Temos novamente como convidado, no baixo e algumas teclas, o Jorri (dos a Jigsaw e dono do estúdio/agência Blue House). As (eventuais) surpresas dependem de pessoa para pessoa, consoante a sua audição... Um grande disco? Claro!!...

Fenther – Com os palcos forçosamente limitados, há que fazer mais trabalho de casa?
Birds Are Indie– É inevitável... Tínhamos mais de 20 concertos já marcados a partir de Abril, em Portugal e Espanha, que tiveram praticamente todos de ser cancelados. Vamos fazendo alguma promoção pela internet e aproveitar para fazer coisas para as quais normalmente não temos tempo.

Fenther – Ideias e projectos para o reencontro com a normalidade?
Birds Are Indie– A normalidade é o que mais queremos, sim... Voltar aos palcos portugueses e à digressão espanhola que nos ia levar novamente até Barcelona, passando por Madrid e muitas outras cidades. E dar beijos e abraços a toda a gente!

Fenther – O que recomendam no meio da recente musica nacional?
Birds Are Indie– Temos uns companheiros aqui de Coimbra que também lançam disco por estes dias, os From Atomic. É um excelente disco de estreia, aconselhamos vivamente! E as mesmas palavras podemos usar para o álbum “Sensacional” das Spicy Noodles.

Fenther – Mensagem final...
Birds Are Indie– Que não nos/vos falte música e saúde!

Vitor Pinto