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Junho 2008
Zé Pedro
Queria hoje começar por falar dos Editors, que estava a ouvir agora na rádio, e que considero uma banda fantástica ao vivo. Já os vi 3 vezes e se há alguém que eventualmente possa ter duvidas se a banda funciona ao vivo, ela funciona mesmo muito bem ao vivo, vale mesmo a pena.
Pois agora, depois do Rock in Rio vem aí a avalanche de festivais em Portugal, e eu quero passar pela maior parte deles.
Na Zambujeira irei tocar, o que é bom sinal, e com os Franz Ferdinand antes de nós, o que é óptimo, portanto será um bom dia de Zambujeira, certamente, e para nós é um orgulho brutal ter uma banda como os Franz Ferdinand a abrir para nós.
Outra situação espectacular vai ser no Super Bock do Porto em que vamos ter os ZZ TOP antes mesmo de nós e então, como devem imaginar, isso enche-me de orgulho.
E depois Paredes de Coura que é sempre o Festival do coração. Temos os The Wombats, os Pistols, temos os Editors, temos os Primal Scream, temos os Mars Volta que eu adoraria ver e estou a fazer tudo para isso , mas com os Xutos com um concerto no Algarve dia 1, vou-me esforçar bastante para conseguir ver os Pistols a 31 e os Mars Volta no dia 2.
Entretanto, e do que tenho andado a ver, em relação ao Rock in Rio, que estive lá praticamente todos os dias, mas acabei por não estar no dia dos Bon Jovi, e toda a gente diz que também foi um grande espectáculo, mas de qualquer maneira no 1º dia tivemos a Amy Winehouse, que infelizmente não estava sequer nem à altura do disco, para se poder, de alguma maneira, entender um bocadinho do que ela poderá ser um potencial ao vivo.
Tenho a impressão que ela tem todas as condições para isso, tem um disco brutal, canta realmente com uma alma fantástica , tem uma banda em cima do palco fora de série, pena a senhora não estar em condições e pena mais ainda ter sido obrigada a vir cá ao Rock in Rio num estado tal. E quando uma pessoa não está nem para ai virada, pelo menos foi o que me pareceu com a Amy. Não lhe tiro nenhum valor, porque é realmente aflitivo. Eu que conheço os palcos, estar a assistir a uma prestação daquelas, fico sempre assim com um bocadinho de pena, mas mesmo assim eu acho que ela teve muita sorte com o publico, que de alguma maneira estive mais a acarinha-la do que propriamente a exigir dela qualquer coisa. Ter 90 000 pessoas, e a grande parte delas ter isso ao festival por causa da Amy, é brutal e por isso ela teve muita sorte.
Mas logo a seguir assisti a um espectáculo fabuloso, as pessoas não deram muita importância, nomeadamente a critica, mas eu acho que foi dos grandes espectáculos do Rock in Rio, e que foi o concerto do Lenny Kravitz.
Mas este foi fabuloso. Para já foi dos melhores sons a sair do PA do Rock in Rio, a banda era brutal, um guitarrista que é uma coisa fora de série, as musicas estavam muito bem intercaladas, as baladas com as partes mais fortes, com rock in roll, com as partes mais soul dele, e então foi dos grandes concertos do Rock in Rio. Esse e os Offspring. Eu não estava à espera que eles estivessem tão vivos como estão. Sabia que eles andavam aí, que tiveram a sua fase alta há uns anos atrás, vi-os no Coliseu e adorei na altura, mas pensava que agora a banda estivesse mais desarticulada, mas não, foram brutais.
Em relação a discos, nesta altura não estou muito preso aos discos porque nós, os Xutos, estamos num retiro criativo. Estamos assim meios fechados, só saímos ao fim de semana, estamos a adiantar muito as composições do próximo disco que em principio será gravado lá para Outubro. Temos já 10 musicas muito bem alinhavadas e com pernas para andar para musicas finais, tudo muito interessante.
Mas hoje, por acaso, passei pela Fnac, que é sempre um dos pontos de referência. Uma pessoa que gosta de musica tem de ir lá de vez em quando espreitar o que há. E acabei por trazer um disco, que aconselho a todos, e que vinha a ouvir no carro, que é uma colectânea feita pelo Henrique Amaro só com bandas portuguesas, que é os “Novos Talentos Fnac II”.
O dinheiro deste disco reverte todo para a AMI, é uma causa justa, o disco só custa 4€, é duplo e tem trinta bandas da nova geração de bandas portuguesas.
Um forte abraço!
Zé Pedro
Em relação ao Alive gostaria muito de ver uma data de bandas que lá estão, deve ser dos festivais que estão em maior potência de nomes de bandas, tem os Rage Against the Machine, tem o carismático Bob Dylan, tem o suculento Neil Young, tem nomes que darão para preencher realmente os 3 dias.
Claro que eu gosto muito de tocar, é a minha profissão, mas ver bandas ao vivo, tenho um prazer diferente e aprende-se sempre muito estar em contacto com as bandas e consegui-las ver ao vivo, eu, pelo menos é um vicio brutal que tenho, por isso irei ver todos os dias dos festivais, o que puder, desde que tenha um cartaz aliciante.
Ele por duas vezes que tinha passado em Portugal, uma no estádio do Belenenses e outra no Super Bock aqui em Lisboa e eu nunca gostei, e olha que sou grande fã dele.
Achei-o sempre muito maçador, muito cheio dele próprio, sem compartilhar as coisas com a banda, sem ter um alinhamento perfeito, assim meio desleixado no espectáculo.
Terão sido os dois momentos áureos para além de ter ficado fascinado com a energia do Rod Stewart e com a beleza da Joss Stone que andava para lá a passear e um “gajo até ficava de olhos em bico”. É uma mulher realmente fabulosa em cima do palco, fisicamente e com uma simpatia brutal nos bastidores. Isso também é de louvar e é admirável.
Aconselho as pessoas, neste caso, a comprarem mesmo, não façam cópias, nem downloads, nem nada disso, que por 4€ compram um duplo cd e têm a ultima fornada de bandas escolhidas pelo Henrique Amaro, que é um especialista nestas andanças de musica portuguesa e na descoberta dos novos talentos. E portanto aconselho toda a gente a comprar este disco.
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