Crónicas

Crónicas
Junho 2007

O Fenther está solidário com toda a equipa dos Xutos & Pontapés e familiares da Marta.

Marta RIP...

Crónica de Zé Pedro!

Começo por destacar de imediato novo álbum dos Black Rebel Motorcycle Club que me tem vindo a fazer delícias. Adoro este álbum e não me canso de o ouvir. Um disco fabuloso.

Outros discos, o novo dos Arctic Monkeys continua a baralhar a indústria discográfica. Quando se diz que o formato CD acabou, os Arctic Monkeys contrariam com a venda de mais de 85.000 discos físicos em Inglaterra só no primeiro dia e depois logo na primeira semana, perto de 250.000. É obra!
É a prova concreta que os discos se vendem, as bandas podem fazer tudo sozinhas e criar o seu culto e estatuto, que as coisas funcionam. Cada vez se vê mais artistas desejosos por sair das multinacionais, como é o caso de Trent Reznor por exemplo, afirmando que quem está à frente dessas editoras não percebe nada de musica.

Bloc Party também tem feito as minhas delícias assim como os Kings of Leon, e estou ansioso por ouvir o novo dos Queens of the Stone Age, a estreia dos Satellite Party, o projecto de Perry Farrell com Nuno Bettencourt na guitarra, ainda o novo dos Editors e dos White Stripes. Tudo isto antes do Verão.

Para além dos discos, vi um concerto fabuloso no Paradise Garage dos Wolfmother. Sala cheia com a total dedicação dos músicos em palco. Uma apresentação memorável dos Wolfmother, eles que recusaram tocar em todos os festivais nacionais, preferindo tocar numa sala reduzida, tendo assim o contacto directo do seu publico.
Outro concerto engraçado, foi o dos Bloc Party no Coliseu de Lisboa, embora o concerto deles em Paredes de Coura o ano passado tivesse sido para mim, muito mais surpreendente, apesar das condições fracas no som. Mesmo assim, foi mais uma sala cheia, o que me deixou contente.

Também vi Dave Matthews na Pavilhão Atlântico, embora não seja o meu estilo, fiquei agradado com a estreia do senhor, nesta tour europeia de apenas 4 concertos. Foram 3 horas e meia, mas eu só pude ver duas horas do concerto.
Surpreendente foi a actuação de Tom Morello na primeira parte deste espectáculo acabando por regressar mais tarde ao palco para tocar guitarra acústica, o que me deixou surpreendido e de que maneira, pois já conhecia os seus dotes em guitarra eléctrica. Agora acústica? Uma faceta que desconhecia. Foi genial.

Também tive a oportunidade de ver os The Who. O dinossauro que me faltava ver. Já estava à espera de um grande espectáculo mas eles conseguiram fazer ainda mais, tendo em conta que já não faziam tour há imenso tempo, e a idade que eles já têm. Um desempenho excelente na guitarra e sobretudo na voz, contando ainda com os dotes na bateria do filho de Ringo Star (também baterista dos Oasis). Um verdadeiro artista.
Foi um belo espectáculo bom de se ver, para um Pavilhão Atlântico a menos de meio, o que foi pena, pois foi um espectáculo que não mais vão poder ver.

Deixem-me aqui também salientar que as queimas das fitas correram muitíssimo bem para os Xutos & Pontapés. A do Porto foi excelente com a presença de 60 mil pessoas, um recorde nas queimas e mesmo debaixo de chuva, e a noite de Braga, também ela foi inesquecível no Enterro da Gata deste ano.

Agora tenho curiosidade em ver todo o cartaz do festival Super Bock Super Rock. Desde os Metallica, seguindo-se todas as outras bandas como os The Gossip, Interpol, Tv on the Radio, Underworld que nunca os vi ao vivo, rever novamente os Bloc Party, entre outros que espero não perder nenhum.
Para Paredes de Coura, continuamos à espera de mais novidades, mas certamente, vai nos premiar com uma série de coisas boas, como sempre.

Aqui ficou mais uma crónica descontraída sobre o rock'n'roll.

Um abraço!

Zé Pedro

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