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Crónicas
Outubro2007



A Crónica de Outono por Zé Pedro


Depois de passada a “Silly Season” a época balnear, as grandes apostas vão naturalmente para a reunião dos Led Zeppelin. Uma das grandes surpresas para o final deste ano.
A reunião dos Led Zeppelin vêm preencher um pouco a lacuna que se vive agora em termos de concertos de estádio. Os Stones acalmaram assim como os U2, ficando agora, todas as atenções viradas para esta reunião, que foi pressionada durante bastantes anos. Uma reunião sempre recusada por parte de John Paul Jones . Robert Plant e Jimmy Page seguiram carreira a solo, mas agora regressam com o anúncio de apenas um concerto, vamos ver no que dará, embora eu acredito que depois deste concerto e com todo o dinheiro envolvido, eles irão fazer outras datas numa tour com todas as loucuras.

Falando em reuniões, os Police apresentaram-se em Portugal no Estádio Nacional. Foi um concerto que tive oportunidade de ver e sentir a força em palco de Sting, Stewart Copeland e Andy Summers . A lotação não esgotou, o que aconteceria há uns anos atrás aquando o seu auge de carreira, mas foi fabuloso ver esta reunião.
Ao contrário de que muita gente pensava, que estas reuniões têm a ver com falta de dinheiro por parte das bandas, os Police não demonstraram as coisas por ai. Foi um concerto normal, vivido e não se notou “frete” por parte de nenhum elemento.
Até poderia acontecer, devido às somas astronómicas que estas reuniões provocam. Mas basta ver o caso dos Smiths. 72 Milhões de libras foram oferecidas a Johnny Mars e a Morrisey para a reunião de 50 concertos, mas a recusa foi imediata. Ou seja, o dinheiro, nem sempre é tudo.
Mas no caso dos Police, prevalece a alma dos músicos e isso foi notório. Embora Sting esteja num nível muito acima dos outros dois elementos, Steward Copeland avisou logo no início da tour, que isto não era a banda de apoio a Sting.

Sobre discos, ando ainda a consumir os discos de Verão. Estou a ouvir o disco de estreia dos Satellite Party. Um disco fabuloso e que ainda por cima tem lá as nossas “costelas” nacionais como o braço direito de Perry Farrell, Nuno Bettencourt e ainda com o baterista que julgo ter descendência lusa, que é o Kevin Figueiredo, o que me deixa bastante contente ver elementos portugueses a triunfar lá fora.
Um disco que me soa muito bem e que o recomendo a todos!

Estou a começar a ouvir o último dos Foo Fighters. Comprei-o há pouco tempo e estou adorar bastante. Já tinha visto o video de promoção com um single brutal. É excepcional! Uma força que Dave Grohl mantém e que me deixa contente. Um disco grande neste ano de 2007 a par do novo dos Queens of the Stone Age.

Outro momento que está a marcar esta rentrée é o regresso dos Baby Shambles. Já conheço o single e acho que está excelente este tema. Para lá de todas as polémicas feitas a Pete Doherty sobre as drogas, sobre a Moss, ele tem um carisma único quer se goste, quer não e se fosse um pateta, nunca teria o “hype” que tem e não faria estas coisas fabulosas que ele faz. É uma personagem ao qual eu dou um bocado de mim para ela. ;)
Este single está brutal e ele tem uma voz sui-generis o que me deixa curioso para o álbum que irá sair em breve.


Foto de Rui Luis no site Ideias no Escuro em Paredes de Coura

A nível de espectáculos não tive hipóteses nenhumas de ir aos festivais de Verão. Apenas fui de fugida ao Sudoeste ver uma parte do concerto de Manu Chao, que é um artista que eu conheço pessoalmente, que admiro bastante como pessoa e que tem uma carreira notável, o que me deixa contente por ver que este músico faz aquilo que gosta e lhe dá prazer. Manu Chao, não sente pressões da indústria, arranca em tours quando lhe dá na cabeça e isso dá um certo ar fresco nesta indústria com panoramas cinzenta que vivemos. Ele faz as coisas como gosta, como entende e gere as coisas à sua maneira, provocando depois explosões de festa e alegria, como foi na sua actuação na Zambujeira do Mar em Agosto passado. Fiquei muito contente por ver aquela alma em cima do palco. O novo disco esté igualmente excelente!

Outro concerto que destaco, foi o dos Arctic Monkeys no Coliseu de Lisboa. Foi um concerto fabuloso, superaram tudo aquilo que eu estava à espera, as suas posturas, a maneira como se apresentaram a uma audiência que encheu o Coliseu, numa data bastante suspeita, 18 de Julho, quando está tudo em exames ou já de férias.
Têm uma grande garra em cima do palco, prendendo sempre a atenção do público e as criticas contra a falta de encore, foram inúteis pois toda a gente ou quase toda a gente já sabe que os Arctic Monkeys não fazem encores.

Para finalizar mais esta crónica, estão ai a chegar mais dois grandes concertos. Não sendo o som que eu mais domino, acredito bastante nos Interpol que se vão apresentar no Coliseu e nos Editors que vão estar no Pavilhão do Restelo.
Toda esta vaga pós-punk passou-me um pouco ao lado, e estas duas bandas que por lá passam, obrigam-me a ouvir várias vezes com alguma atenção, para conseguirem entrar. Mas acredito plenamente que depois de os ouvir ao vivo, que devo ver os dois, vou ficar a gostar mais ainda destas duas bandas, que curiosamente já as vi no Super Bock Super Rock em edições separadas. Mas de forma alguma, não era o melhor sitio para as sentir. Penso que agora em nome próprio os concertos vão ser mais intensos e vão se afirmar, pelo menos para mim, pois sei que eles já valem bastante.
São sem dúvida duas bandas que estão a um passinho de entrarem na minha memória! ;)

Amigos, é tudo. Foi mais uma crónica rock’n’roll, e espero que as coisas andem para a frente.

Abraço!

Zé Pedro

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