Bandas/Discos |
Crónicas |
Livros |
Eventos |
DJ7 |
Links |
Apoios |
Home
Mais Crónicas Fenther |
Crónicas
Crónica de Nuno Ávila!
A música portuguesa está em grande? Está sim senhor! Com grandes discos a
sair e outros já nas bancas à espera da vossa audição. E o que mais agrada
é que nos têm chegado ao ouvido muito bons discos e de áreas muito
variadas.
Mas o que continua a ser pena, é o facto de muitos destes discos
continuarem a passar completamente ao lado das grandes massas. Quem por
exemplo já escutou o CD de One Love Family, ou o registo dos a Jigsaw? E o
disco dos Umpletrue? E o belíssimo trabalho de Bezegol? E Slimmy quem é
ele?
Alguns casos. Muitos outros andam por aí. E a que se deve este
desconhecimento?
O dedo deve ser então apontado aos senhores dos jornais e às gentes da TV.
No entanto, não se pense que toda a rádio está isenta de culpas. Os nomes
citados são excepções há regras. E outras existem… mas todos são poucos
para fazer a música nacional vingar.
É frequente assistir a este diálogo:
Se ninguém tem dito que os Wraygunn eram portugueses, passariam por ser
uma grande banda. Mas assim, são só mais um grupo a copiar outros.
Mentira! Os Wraygunn são brutais, especialmente ao vivo. Bons aqui e em
qualquer parte do mundo. França adora o Paulo Furtado e seus pares. E se
eles gostam de Jon Spencer, que mal tem isso!
Tudo começa por uma boa promoção. Por a escolha feliz de um single. “Tira
a Teima” dos Clã é uma música certeira. Depois a feitura de um vídeo, que
mesmo sem grandes meios pode ser muito eficaz. Os dois vídeos de Wraygunn,
criados para os singles de “Shangri-La” e realizados por Rodrigo Areias,
deveriam fazer milagres. Se a aposta for mais forte, aí podemos fazer um
vídeo tipo “Maria Albertina”. Depois “obrigar” as televisões a passarem
estes clips. Ou será que as cotas de música nacional só se aplicam às
rádios? Resposta na ponta da língua: até ver, sim! Não pode ser… Somos
todos responsáveis…
Levantemos, no entanto, a voz em louvor a todos quantos, apesar de tudo
fazem a música feita em Portugal crescer. Sejam eles escribas,
radialistas, homens da TV, ou apenas público.
Nuno Ávila - Santos da Casa(R.U.C.)
Outubro 2007
O QUE FAZ FALTA É AVISAR A MALTA!
A verdade tem de ser dita. Existem por aí, em muito órgão de comunicação,
mentes fechadas, que passam dias sobre dias a dar mais do mesmo a ouvintes
e leitores, julgando que é assim que se obtém lucro fácil. Num tempo em
que a Internet domina, dando a possibilidade de criarmos a nossa própria
rádio ou blog, este conceito de estar e fazer tem de mudar.
Mas atenção, que a rádio não é a maior culpada, pois se estivermos
atentos, temos exemplos que nos provam o contrário. Três apenas:
Portugália na Ant3na, o Santos da Casa na RU( e o Sinfonias de Aço na
Rádio Barcelos.
Na net muitos sites e blogs saltam à vista, com destaques
e muitos à música nacional. Os blogs do Santos da Casa e da Trompa e os
sites da Fenther e do Sinfonias de Aço, são bons exemplos.
Depois, existe por parte do consumidor um confrangedor comodismo. E por
vezes uma aversão a deixar-se embrenhar por aquilo que se vai fazendo por
estas paragens. Já para não falar na falta de paciência de muitos para ver
bandas nacionais em palco.
- Ouve este disco, é brutal!
- Que banda é esta? É muito bom. Grande malha…
- São os WrayGunn de Coimbra.
- Pois…. este tema soa mesmo a Jon Spencer Blues Explosion.
Mas apesar de tudo, é bom que se diga, tem-se notado que muitos cérebros
estão a abrir espaço para novos sons e cores. Mas a música portuguesa
merece chegar a muito mais locais. A muito mais corações.
Mas como combater então este estado de coisas. Não existem receitas
milagrosas.
Começa tudo no artista, passa pela editora, pela promoção e distribuição,
vai depois direito aos meios de comunicação e às lojas, para no fim chegar
ao povo, que é quem mais ordena.
E se no meio de toda esta linha de montagem, existe uma peça menos bem
oleada, quem está na cauda do processo paga.
A música portuguesa tem de se mostrar forte. Alegre e bem disposta. Ela
merece todo este nosso empenho.
Afinal como se dizia num velho anúncio: “o que é nacional é bom”…
Mais Crónicas Fenther |