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Crónica de Nuno Ávila - RUC
Março 2007
NÃO HÁ FOME QUE NÃO DÊ EM FARTURA
Oito bandas a tocar no mesmo dia, é possível? Sim, num festival de verão. Agora imagine-se uma cidade, neste caso Coimbra, receber no mesmo dia, bandas que tocam blues, punk, rock-a-billy, rock, música popular e uma festa de hip hop, com gente dos Dealema.
Estes são apenas alguns exemplos. Noutras cidades coisas destas por vezes acontecem. Basta ir vendo a programação regular de alguns bares.
Falta de coordenação? Sim e não. Sim, porque muitas vezes mesmo sabendo de outros concertos se insiste em marcar tudo. Sim, porque quem organiza não se informa e toca de convidar as bandas para vir tocar. Não, porque por vezes não se conta de todo com a marcação de concertos em paralelo. Porque quem organiza não sabe do outro.
Coimbra, esteve durante algum tempo adormecida. Pouca coisa acontecia. Fechou o Le Son e os espaços não nasciam. O Bar Galeria Santa Clara tentou durante mais de um ano abanar as estruturas. O público não compareceu como devia. Agora fechou as portas às bandas.
Por isso é minha convicção, e com alguma pena, que isto não tarda muito vais estoirar. Ou seja, vamos dar um passo atrás. Por isso toca aproveitar.
Digo isto porque tenho a nítida sensação de que não estando todas as salas com as pessoas que seriam desejáveis, há quem vá ficar a perder dinheiro.
Mas o que por vezes acontece, é que com a gritante falta de espaços, as bandas se sujeitam a tocar em qualquer lado. E quem sai a ganhar? Muitas vezes o dono do bar que fica como sendo uma pessoa de visão que apoia a música. Por isso, que se dê cr édito a quem respeita os artistas. E claro os artistas que não sejam megalómanos e saibam adaptar-se às circunstâncias.
Tudo em locais diferentes. Alguns concertos à mesma hora. E ainda o Porto a jogar com o Sporting, na hora em que algumas bandas tocavam. Aconteceu dia 17 em Coimbra.
E Coimbra promete já, para o próximo dia 30 concerto de Ena Pá 2000 no Salão Brasil e de Capitão Fantasma no Ar D’ Rato Caff é. E não se vai ficar por aqui…
De repente várias organizações, vários espaços a abrirem o palco às bandas. Pergunto: será que o público voltou de um lugar perdido para ver agora os grupos. As salas at é têm estado bem compostas. Mas agora pedir às gentes para ir ver mais do que um concerto por dia é que começa já a ser um pouco demais. A carteira não aguenta! E o pessoal não pode estar em dois locais ao mesmo tempo. É que afinal, bandas de estilos diferentes podem ter o mesmo público.
O que aqui escrevo, como exemplo, aplica-se noutros casos e noutros locais. Abrem-se muitas salas. Aqui, ali e acolá. Por vezes o que interessa é abrir e convidar as bandas. E as condições? E o equipamento? E o espaço vital para as bandas tocarem? E t écnicos de som com o mínimo de conhecimento?
Pois é, agora que falo nisto, devem começar todos a pensar, que at é tenho uma certa razão.
Há então que parar e olhar antes de atravessar. Para que ningu ém saia ferido.
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