Numa saga onde a música e o futuro dos palcos nacionais dão aos mãos há cerca de 8 anos, 2025 traz-nos uma nova rodada de Super Bock Super Nova e que, desta feita, coloca dois trios de bandas emergentes a percorrerem o país nos primeiros Sábados de Março, Abril e Maio e com o rock (disparado de frente) a ocupar a grande parte de trás da bagageira.

Desde o rockabily traduzido para a modernidade pelos Os Overdoses até ao jazz em esteroides dos Yakuza ou à electrónica conceptual de Colinas, o circuito co-produzido pelo Maus Hábitos e pela Super Bock traz-nos um ciclo onde 2 trios distintos fazem 3 brindes entre si num percurso com paragens em Aveiro, Cantanhede, Fafe, Leiria, Parede e Porto e que começa o ano com 6 artistas que muito darão que falar ao longo do calendário no que à música nacional diz respeito.

Afinal, se temos a carica na mão para quê esperar pelo futuro?

De um lado temos o revestimento polido e conceptual e, do outro, um vedante interior mais rijo e directo, com a simples função de conservar.

Imaginando o circuito Super Bock Super Nova enquanto uma carica de cerveja, talvez o conjunto Yakuza, Colinas e Cat Soup representasse o primeiro, ao invés que o trio Os Overdoses, Cortada e Polivalente personificaria o interior da tampa metálica que preserva a frescura e a qualidade de algo que, neste caso, não quer permanecer fechado de todo.

Daqui a soltar a tampa e distribuir o rock pelo país são apenas 3 noites de distância, com o Maus Hábitos (Porto), GrETUA (Aveiro) e SMUP (Parede) prontos a receberem as as várias facetas do primeiro conjunto, enquanto que o CCR Pena (Cantanhede), Texas (Leiria) e o Café Avenida (Fafe) recebem o lado mais straightforward no segundo, sendo tudo e todos argumentos mais do que suficientes para brindar.