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Homem em Catarse com novo single num "Mergulho no Cávado"

Maio 12, 2025

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(c) Sónia Fernandes


A vontade e o desejo estão na liberdade de um mergulho. Tirar a roupa a correr, um quase tropeçar nas raízes das árvores, antes de mergulhar no rio onde a cidade não manda. Da liberdade à libertação nas águas mais densas, dança-se e celebra-se a possibilidade das coisas simples, das asas não cortadas, dos últimos redutos sem rede antes que a selva de betão expluda.

"Mergulho no Cávado (2025)" celebra um pássaro revigorado, um "Guarda-Rios" num voo picado, mostrando-nos que, para ele, a liberdade de um rio ainda impera. É nele que as coisas simples da mãe-natureza nos mostram que as âncoras de mundo ainda são melhores. Se desligarmos os dados móveis podemos homenagear, com gratidão, a dança que a liberdade de um mergulho no rio nos promete.

Os rios sempre foram inspiração para Homem em Catarse, e o Cávado foi o primeiro de todos. Dez anos depois celebra-se o primeiro álbum com uma nova, fresca e dançável versão de "Mergulho no Cávado", a que seguirá uma reedição em vinil de "Guarda-Rios". Curto, mas especial, este registo catapultou Homem em Catarse para a estrada e para um trajeto sempre ascendente, bem próprio na nova música portuguesa da última década.

Homem em Catarse
Alter-ego do multi-instrumentista Afonso Dorido, Homem em Catarse surge na profícua e especial “cena de Barcelos” há sensivelmente uma década. Actualmente radicado em Braga, o fundador do colectivo post-rock indignu percorre, desde 2013, as estradas e caminhos deste país para dar a conhecer as suas canções emotivas.

Em 2015, surge o promissor “Guarda-Rios”, disco que acaba por captar as primeiras atenções. Dois anos mais tarde, e após inúmeras viagens por aldeias, vilas e cidades do interior de Portugal, reúne quilómetros e inspiração para a criação de “Viagem Interior”, disco conceptual que retrata uma interessante visão social e demográfica do país, acompanhado de textos do escritor português José Luís Peixoto.

Em 2020, semanas antes da pandemia, surge “sem palavras | cem palavras”, disco integralmente instrumental que nasce a partir de um poema de cem palavras escrito por si. De seguida e sem perder o fôlego, Afonso Dorido parte para um novo desafio: a composição de um disco inteiramente ao piano. Inesperadamente, o álbum “sete fontes” é alvo de bastante atenção e acaba por ser considerado um dos discos do ano de 2021.

Já em 2023, uma nova semente é lançada com "O tempo vem atrás de nós", o primeiro single do LP "catarse natural", seguindo-se o interventivo "Hipoteca" - apontado pela FNAC como uma das novas 10 canções que são uma arma - e "Gueto da Paz”, com a participação de Luca Argel, Nuno Prata e Sara Yasmine. "catarse natural" saiu em 2024 e foi considerado um dos melhores discos portugueses do ano passado para vários meios nacionais.

Ao longo do seu trajecto, Afonso Dorido é convidado a escrever para outros músicos e tem oportunidade de trabalhar, por exemplo, com artistas como Ana Deus, Manel Cruz, Rodrigo Leão, Luca Argel e Nuno Prata. Marcou também presença em vários palcos nacionais e internacionais como o Vodafone Paredes de Coura, o NOS Alive, Amplifest ou o Dunk!Festival.




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