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#fenther (opinião)




Tentar rotular o Amplifest com um estilo de música ou um estilo de vida, é pouco. Muito pouco. Diria, é quase nada.

A ideologia deste evento ultrapassa todos os rótulos, ultrapassa qualquer comparação possível. É algo imenso que vai para além da musica, mesmo com um cartaz poderoso que sem grande esforço, faz estragos no catalogo de festivais em Portugal. Bastaria o poder de sedução de Emma Ruth Rundle, a excentricidade dos Daughters, a entrega dos Amenra, a curiosidade da grandeza de Author & Punisher, a força celestial dos Deafheaven ou a surpresa encantada dos Birds in Row ou dos DeafKids.
Tudo isto no icónico Hard Club imenso e vestido de Amplipeople. Pessoas de visão sonora ampliada. Com uma visão alargada da vida, de saber estar e sentir.

É sem duvida uma experiência que nos penetra na alma e não se limita a apenas aos dias do evento. É uma experiência que deixa marca. Que tatua a nossa existência. É algo enorme que nos pinta o futuro de negro brilhante e nos cativa. O Amplifest fica indiferente para quem nunca viveu estes intensos momentos, mas marca com profundeza os sentimentos vitais de quem vive e sabe viver estes dias.

Mas a grandeza do Amplifest não se fica por aqui. É teimoso suficiente para não ficar por aqui. E com isso, cria um ambiente sedutor, cria um bem estar infinito de permanecer eternamente no Hard Club que se veste uma vez mais de negro. Mas é um negro diferente este. É uma cor descontraída. Destemida. Uma cor que apesar de negra, ilumina. E como explorar esta luz? Só mesmo nos vários espaços do Mercado Ferreira Borges. Só mesmo em frente ao palco na absorção dos sentimentos sonoros debitados. Só mesmo nos corredores em momentos descontraídos e aprazíveis. Só mesmo por entre as palavras que se cruzam nos Ampli-talks ou mesmo entre um café e uma cerveja inspiradora. Só mesmo entre manobras de culturas variadas que se unem nestes dois dias. Só mesmo em momentos relaxantes sobre o imenso verde que a zona frontal do Hard Club oferece. Não há limites descontrolados. Não há estilos. Não existem barreiras. Apenas um só como um todo. Como se o festival fosse feito à medida de cada alma que o visita.

Falar em ser alternativo é sinónimo de Amplifest. Mas não basta. Uma palavra apenas não é suficiente para abraçar tamanho sentimento e entrega. Talvez duas ou três palavras consiga estar mais perto desta experiência. Talvez dizer que o Amplifest é a Alternativa ao Alternativo seja o mais correcto. Poderá não o ser mas está lá muito perto.

Acreditamos nesta experiência única e tentaremos vive-la para além destes dois dias. Para lá da nossa existência, que para além de nossa, pode ser bem mais do que a alternativa.

Para o ano... uma nova tatuagem a ser vincada em todos os Amplipeople.

Um obrigado ampliado à Amplificasom. ★

Vitor Pinto