Theatro Circo



Finalmente o centenário Theatro Circo da cidade de Braga reabriu portas, após 6 anos de obras de modernização e ampliação.

Sob o lema: “ O Circo está de Volta á Cidade”, as portas reabriram no passado dia 27 de Outubro 2006.

Ficaremos atentos a todas as novidades na cidade de Braga.



Site do Theatro Circo



JANEIRO NO THEATRO CIRCO


A chegada da exposição de fotografia “As Variações de António”, de Teresa Couto Pinto que ao Salão Nobre, 5 de janeiro, abre a programação do novo ano trazendo para Braga algumas das fotografias mais icónicas de António Variações mas é, acima de tudo, ao ritmo da música que 2016 chega ao Theatro Circo.



A primeira das propostas musicais do ano reveste-se ainda do clima de celebração da época natalícia. Em palco, a 7 de Janeiro (21h30), a Orquestra Filarmonia das Beiras junta-se a André Sardet para um Concerto de Ano Novo e de Reis que une a tradição das mais emblemáticas valsas, polcas e marchas de Strauss à revisitação dos maiores sucessos do cantor que em 2016 comemora 20 anos de carreira.



No dia seguinte, e ainda antes do concerto de homenagem ao Maestro António Baptista promovido pelo Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga (9 janeiro), o palco é outro mas a música acontece também em dose dupla. A 8 de janeiro (22h00), o Cavalheiro vem ao pequeno auditório apresentar o seu recente “Mar Morto”. O EP “Trégua” transbordava uma placidez que agora deu lugar a um rock direto, pujante e incisivo, executado com um foco e segurança ainda sem precedentes no percurso do músico. Mas o Cavalheiro não vem sozinho e entregou a primeira parte do seu concerto a Máquina del Amor. Braga corre-lhes nas veias ou não fosse a banda composta por Filipe Palas (Smix Smox Smux), José Figueiredo (Smix Smox Smux e peixe : avião), Ronaldo Fonseca (peixe : avião) e Miguel Macieira (Smix Smox Smux). O álbum de estreia herdou o nome do projeto e chegou ao público em novembro passado reunindo oito faixas que convidam a uma viagem por uma “reminiscência do post-rock”.



Os Virgem Suta estão de volta aos álbuns. “Limbo” é o terceiro registo da banda de Jorge Benvinda e Nuno Figueiredo e a apresentação em Braga acontece a 16 de janeiro, pelas 21h30. Para este concerto ao vivo está garantida a recriação das suas “receitas” de raíz tradicional e tempero apurado já que os “cozinhados” dos Virgem Suta se revestem de sonoridades familiares e enredos que, por linhas tortas, retratam de forma peculiar a portugalidade. Por isso, não vão faltar nesta passagem pela sala principal as canções “Linhas Cruzadas”, “Tomo Conta Desta Tua Casa”, “Dança de Balcão”, “Vovó Joaquina”, “Maria Alice” e as mais recentes “Ela queria” e “Regra Geral”.



Para o dia 22, às 22h00, sugerimos concentração absoluta nas palavras daquele que é considerado uma lenda viva do hip hop português. Allen Halloween tem novo álbum e chamou-lhe “Híbrido”. Sucessor de “Projeto Mary Witch” e de “Árvore Kriminal”, o aguardado “Híbrido” acaba com a espera dos incondicionais fãs do rapper e condensa, em 14 novos temas, a visão de Halloween sobre o país que o rodeia.



No dia seguinte, 23 (22h00) o fim-de-semana desenrola-se ao som de Mancines e do seu trabalho inicial, “Eden’s Inferno”. «Viagem sonora, sem guia turístico, às profundezas de um inferno idílico», “Eden’s Inferno é o primeiro fruto de um projeto com 15 anos de hibernação que chegou agora ao momento ideal para reunir Raquel Ralha (Wraygunn, Belle Chase Hotel, Azembla's Quartet) e Toni Fortuna (D3o, Tédio Boys, M'as Foice) e somá-los a Pedro Renato (Belle Chase Hotel, Azembla's Quartet) e a Gonçalo Rui.



A última das propostas musicais para este mês chega à Sala Principal a 30 de janeiro (21h30) com Mazgani a dar a conhecer ao público bracarense o seu recente “Lifeboat”. Releitura muito pessoal da obra de figuras marcantes no seu percurso musical – Elvis Presley, PJ Harvey, Cole Porter, Bee Gees e Lee Hazelwood – “Lifeboat” surge da vontade de Mazgani de contar a sua própria história, e pela própria voz, através destas canções.
Sucessor de “Common Ground”, Lifeboat foi gravado em Bristol e contou com produção de John Parish (PJ Harvey) e Mick Harvey (Nick Cave & The Bad seeds).



Na programação de janeiro, para além da reposição da peça “Desaparecidos”, pela Companhia de Teatro de Braga (26 a 28, 21h30) e do registo stand-up comedy de Salvador Martinha com o espetáculo “Na Ponta da Língua” (29, 21h30), o teatro faz-se representar pela “Carta de uma Desconhecida” (15, 21h30), do austríaco Stefan Zweig. Adaptada e encenada por Patrícia André e Sandra Barata Belo, atriz que nesta peça divide o palco com Félix Lozano, “Carta de uma Desconhecida” é desvendada pela voz de um criado que ao piano narra a carta de uma menina que aos 13 anos desenvolve um amor platónico por um homem mais velho. Décadas mais tarde o amor torna-se numa obsessão que culmina no suicídio. Escreve-lhe uma carta, revela-lhe a sua vida e mata-se.


Em janeiro destaca-se ainda o início do terceiro momento do Projeto Memória, desta vez dedicado à temática “O Theatro e a Programação”. A exposição que traz para o Salão Nobre o espólio que o Theatro Circo, em parceria com a Biblioteca Pública de Braga, tem vindo a reunir e que dará a conhecer ao público muito do que foi a programação desta sala de espetáculos ao longo do primeiro século de existência é inaugurada às 18h00 do dia 21 de janeiro e mantém-se patente até 20 de fevereiro, de terça-feira a sábado, entre as 14h30 e as 16h30. Durante este período, será ainda revelado o terceiro momento do documentário “Histórias e Memórias”, produzido por Vasco Mendes.


No dia 22 de janeiro, às 15h00, o público é ainda convidado a explorar o tema da programação enquanto poderosa metáfora para agarrar as questões contemporâneas do teatro. Neste terceira conferência promovida em contexto de “Projeto Memória” exploraram-se, por um lado, as temáticas da história da programação ao longo do século do Theatro Circo, o legado e os seus desafios futuros e, simultaneamente, os participantes são convidados a debater numa mesa redonda com a presença de alguns dos principais agentes da programação cultural portuguesa que, desta forma, servem de pretexto para introduzir as grandes questões que agitam o nosso tempo. A exposição e a conferência são de entrada livre.


Mais informações em www.theatrocirco.com
Ingressos disponíveis em www.theatrocirco.bol.pt, na bilheteira do Theatro Circo, lojas Fnac e estações CTT aderentes