A.A.A.
Access All Areas



Estivemos à conversa com os Youthless, a proposito da edição do àlbum "This Glorious No Age"

Fenther – Como estão os Youthless neste inicio de 2016?
Youthless – Apaixonadinhos.

Fenther – Satisfeitos com o resultado de "This Glorious No Age"?
Youthless – Sim, muito. Foi engraçado porque acabámos as últimas gravações para o disco há mais ou menos dois anos mas ficámos à espera das misturas que estavam a ser feitas em NY por Justin Garrish. Quando recebemos o disco, como passou tanto tempo, foi como ouvir o trabalho de outra pessoa e ficámos muito surpreendidos com o quanto estávamos a curtir. Normalmente não somos nada sentimentais, depois de acabar algo raramente ouço outra vez, mas com este disco parece quase que não fomos nós.

"Até agora todos os jornalistas e rádios com quem temos falados estão muito entusiasmados com o disco e parecem entendê-lo muito bem, o que para nos é incrível."

Fenther – Foi uma longa etapa de 5 anos até este disco ver a luz do dia. Ligam muito a pormenores? Tem de estar tudo alinhado à vossa medida?
Youthless – Neste disco ligámos muito mais do que em qualquer outro trabalho. Antes era exactamente o contrario. Mas não passámos 5 anos a trabalhar no disco, tipo Axel Rose haha. Como eu (Alex) lesionei as costas e não podia tocar durante muito desse tempo, começámos a trabalhar em muitos outros projectos artísticos na música e não só. Sebastiano construiu um estúdio e começou a produzir bandas muito boas, eu passei muito tempo em NY a trabalhar em projectos de teatro experimental, e sempre que eu voltava a Portugal trabalhávamos no disco, pouco a pouco.

Fenther – A estreia do single "Attention" foi feita no Reino Unido? Porquê? Algum golpe na manga?
Youthless – O LP está a ser lançado pela NOS Discos cá em Portugal, e pela Club.The.Mammoth /Kartel Records (duas editoras inglesas) em Inglaterrra. Neste caso, foi a editora inglesa que queria muito estrear a música com The Clash Magazine e o blog The Line of Best Fit porque se tinham interessado pela música.

Fenther – Por cá estão a ser igualmente bem recebidos e aceites como na imprensa britânica?
Youthless – A verdade é que eu nunca tenho bem a noção do muito ou pouco que a nossa musica é conhecida cá. Mas sim, acho que sim. Até agora todos os jornalistas e rádios com quem temos falados estão muito entusiasmados com o disco e parecem entendê-lo muito bem, o que para nos é incrível.

"Normalmente não somos nada sentimentais, depois de acabar algo raramente ouço outra vez, mas com este disco parece quase que não fomos nós."

Fenther – O Alex está recuperado da lesão muscular? Pronto para uma nova avalanche de concertos?
Youthless – Sim, espero que sim! Às vezes tenho que me controlar porque me apetece subir as paredes e saltar para público de novo, e ainda tenho que ter algum cuidado.. mas estou mais forte todos os dias e com imensa pica para tocar!

Fenther – E vão estar por onde a apresentar este disco?
Youthless – - 11 de Março, Musicbox, Lisboa
- 12 de Março, Maus Hábitos, Porto
- 18 de Março, Texas Bar, Leiria
- 19 de Março, Salão Brazil, Coimbra
- 1 de Abril, Stairway Club, Cascais
- 15 de Abril, Pouca Terra, Barreiro
- 16 de Abril, Play-Doc, Galiza
- 23 de Abril, Fnac Braga
- 23 de Abril, Convento do Carmo, Braga

Fenther – Há convidados em palco? Querem desvendar?
Youthless – Sim :) Nestes próximos concertos alguns dos músicos que tocaram no disco também vão estar connosco ao vivo: Francisco Ferreira (Capitão Fausto, Bispo), João Pereira (LAmA, Riding Pânico) e por vezes outros músicos como Bibi (Keep Razors Sharp, Pernas de Alicate), Guillermo Landin (de nossa primeira banda, Three and a Quarter) e muitos outros.

Fenther – No disco "This Glorious No Age"? Também contam com algumas colaborações?
Youthless – Sim, muitas. O Francisco Ferreira (Capitão Fausto, Bispo), o João Pereira (LAmA, Riding Pânico) e o Duarte Ornelas tocaram sintetizadores, a Francisca Cortesão (Minta & The Brook Trout) cantou em duas músicas, e Chris Common tocou algumas percussões. Também gravámos com um pequeno coro infantil britânico. Todos deram muita riqueza ao disco.

Fenther – Depois de apresentar o disco por cá, há planos para uma saída para o estrangeiro?
Youthless – Sim, faremos o lançamento e uma tour por Inglaterra, já temos concertos marcados por Espanha e estamos à espera de mais datas estrangeiras.

Fenther – E que bandas vocês recomendariam a quem não conheça a cultura musical nacional?
Youthless – Há tantas! Bispo, Os Modernos e tudo o que sai da Cuca Monga, Coclea, Octa Push, LAmA, PAUS, Minta & The Brook Trout, Dead Combo, Filho Da Mãe, as cenas da Príncipe e da Enchufada… podia continuar durante dias. Há muita música boa em Portugal.

Fenther – Mensagem final...
Youthless – Venham as concertos e bebam e dançem connosco!

Vitor Pinto